As juízas Keylla Ranyere Lopes Teixeira Procópio e Mariana Marinho Machado foram eleitas, nesta terça-feira (12), para compor a diretoria do Movimento Nacional pela Paridade no Judiciário. O movimento é independente e visa dar efetividade à paridade de gênero no Judiciário brasileiro.
A juíza Keylla explica que o movimento é inédito no país, não tem vinculação a nenhuma instituição e conta com a participação de magistradas de todas as esferas da Justiça – estadual, federal, militar e trabalhista. Segundo a magistrada, o objetivo da Diretoria eleita é trabalhar estratégias em busca da efetividade da Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário, inaugurada pelo CNJ através da Resolução 255/2018.
“O movimento pela paridade surgiu este ano entre magistradas de todo país em busca de se dar efetividade à política de participação feminina no Judiciário. O movimento ganhou corpo e agora foram escolhidas as coordenadoras através de voto direto entre as magistradas integrantes do movimento”, explica Keylla Ranyere.
A juíza Mariana Marinho Machado foi a mais votada dentre as eleitas para a composição da diretoria do movimento. “Pesquisas do CNJ e da ENFAM atestam que as mulheres têm ingressado cada vez mais na Magistratura, todavia, quanto mais a carreira vai ascendendo, menos há a presença de mulheres. No Piauí, por exemplo, com a aposentadoria da desembargadora Eulália, não temos mais nenhuma mulher no 2º Grau. Portanto, a pauta desse movimento, que acontece em todo o país, em todas as esferas da magistratura, é legítima e necessária”, diz Mariana.
Confira a diretoria eleita:
Ana Cláudia Loiola de Morais Mendes – TJDFT
Elayne da Silva Ramos Cantuária – TJAP
Keylla Ranyere Lopes Teixeira Procópio – TJPI
Lívia Lúcia Oliveira Borba – TJMG
Liz Corrêa de Azevedo – TRF 5
Mariana Marinho Machado – TJPI
Mariana Piccoli Lerina – TRT 4
Myllene Pereira Ramos Seid – TRT 2
Raffaela Cássia de Sousa – TRF 1
SUPLENTES
Ellen Priscile Xandu Kaster Franco – TJMS
Jacqueline Machado – TJMS
VOTAÇÃO PARIDADE NO CNJ
Na última terça-feira (12), a maioria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) votou por aprovar a paridade de gênero obrigatória em cargos estratégicos da administração de todos os tribunais de Justiça do país. Até o momento, 11 dos 14 conselheiros votaram a favor da medida, embora o desfecho da análise tenha sido adiado por um pedido de vista do conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello. A conclusão do julgamento fica adiada para 2024, já que a sessão de terça-feira foi a última do CNJ em 2023.